Monday, July 03, 2006

novos conceitos de pós-modernismo

Tenho vindo a notar diversas formas diferentes no meu excremento. Derivado do facto de viver numa casa nova, onde a sanita retém mais visivelmente o recém-parido cócó antes de ir cano abaixo, deparei-me com uma parafernália notável de formas. Como se o meu rabo, qual Cutileiro, esculpisse propositadamente girafas, bigornas ou até mesmo torres de controlo de aeroportos.
Há uns dias não resisti e após arrear o calhau chamei um dos comparsas que comigo vive para contemplar aquele espectáculo. Ele só me disse "tu és doente" e retirou-se. Não o entendo. Fumasse menos ganzas e fosse mais a museus, provavelmente saberia do que realmente se trata a arte.
Ainda no contexto do molde, imagino se aquelas fábricas de plasticina da play-doh fossem usadas para moldar merda. Talvez fosse um pontapé na monotonia o implementar dessas formas na defecação, sempre sonhei cagar em estrela.

Wednesday, June 07, 2006

O papel do papel higiénico.

Pensava eu que estava bem sentadinho a trabalhar (porque há alturas em que tem de ser, e não há como lhe dar a volta) e não ia ser interrompido. Melhor, pensava que não ia ser interrompido por nada ou ninguém, mas o intestino quis o contrário. Aquele aperto ácido que diz "ou corres, ou é aqui" obrigou-me a pegar num livro (sim, ainda pensei que conseguisse ler) e andar em passo rápido pelos corredores à procura da melhor casa de banho onde largar a merda - que até agora não tinha qualquer imagem formada na minha cabeça (pensava eu que ia ser normalíssima, bem sólida e consistente).

Já no cubículo - não de trabalho, mas de descarga - pensei que ia ser rápido. 3 ou 4 quedas para a água (que, sempre que cago de pé, me teima em molhar os pelos das pernas) e estava feito. A merda enganou-me bem. 3 descargas sólidas, e na 4a, o sinal de que aquilo não ia ficar por ali. Por momentos, até me ardeu nas bordas. Preparei todo um assento para o que vinha a seguir, provavelmente a gastar papel higiénico suficiente para escrever a biblia em inglês e francês, e acomodei-me. Só sentia papel - o que queria (pensava eu) dizer que a missão ia ser bem sucedida.

Passados 5 minutos, estava a levantar-me, certo do triunfo sobre o frango e arroz feito em merda que tinha acabado de cagar. Puxo os boxers para cima, e a opinião mudou. Uma das fitas do papel higiénico tinha ficado presa nas calças e quando puxei os boxers, essa mesma fita (a grande puta), ficou-me dentro dos boxers, entre os tomates e o tecido, com merda (no estado líquido) por quase todo o lado. A apoteose de tudo isto foram 5 minutos a passar papel higiénico (sim, mais papel) por tudo quanto era perna, tomates e ponta de pequeno-ponei, e tentar evitar sair dali (para entrar numa sala onde não estaria sozinho) a cheirar a bosta.

Felizmente, fui bem sucedido, mas os boxers, por lá ficaram, com papel higiénico cheio de merda. Algo me diz que amanhã as empregadas de limpeza vão rogar pragas ao anormal que borrou a casa de banho, os boxers, e meio rolo de papel industrial para limpar o rabo, e deixou tudo isso em exposição, espalhado na sanita, caixote do lixo, lavatório, e na maquininha de secar as mãos. Foda-se.

Friday, June 02, 2006

Calor, lençóis e pénis

Isto não anda nada fácil. Agora com a onda de calor, um gajo só consegue dormir ou de boxers ou totalmente despido. Eis então que inevitavelmente amanhece, e eventualmente a mãe, irmã ou até mesmo - e porque não? - avó de um de nós entra no nosso quarto - naquela de ver se estamos acordados. O problema? 2 palavras: Morning Wood. Por muito que estejamos a dormir, há sempre (ou quase sempre nesta idade - já ouvi dizer que a partir dos 40, ardeu!) aquela animação naquela zona do corpo.

Boa. Já me viram a varola tesa. 5 estrelas. Espectáculo!

Wednesday, May 03, 2006

Tá Bosque

Estou doente. E com a bronquite veio um bónus: diarreia. O meu rabo parece uma metralhadora. Vou voltar prá cama... amanhã começa uma queima das fitas e duvido estar em condições...

Saturday, April 22, 2006

Renova Class

Porquê o papel higiénico no tampo da sanita quando se vai a um WC público? Aquela merda porventura previne algum tipo de doença? Vem escrito em algum lado "papel higiénico sim, por uma vida melhor"... ? Eu por acaso procedo ao forro do tampo 99% das vezes mas agora que dou por mim a pensar, não percebo de todo a razão. O papel higiénico é realmente útil para, por exemplo, mandar para a água da sanita antes de largar um tarolo. Absorve e muito aquele impacto que se espelha várias vezes num olhito do cu todo chapinado. Por falar nisso, já não usava o vocábulo "chapinar" há muito tempo. Também já não vinha aqui postar há umas valentes semanas, tinha saudades. Não muitas, pois sou uma pessoa fria e não tenho orgasmos há 3 anos. O último tive-o com uma espanhola, Palmita Del Mano. Era inverno naquela fria casa do Minho, numa manhã de geada sem pássaros a fazer a banda sonora de um momento perfeito. Na minha memória ecoa ainda aquele autoclismo avariado.

Na minha memória ecoa ainda aquele autoclismo avariado
Na minha memória ecoa ainda aquele autoclismo avariado.
Na minha memória ecoa ainda aquele autoclismo avariado.
Na minha memória ecoa ainda aquele autoclismo avariado.
O desgraçado de bordo foi-se encher de moscas.

Saturday, March 11, 2006

Para quê 2 jornais?

Oh que bode... vinha aqui postar acerca da diarreia do ano (que me deu ontem, por volta das 2 da manhã enquanto estava a trabalhar), mas fiquei sem vontade nenhuma. Se as palavras me saíssem como sairam ontem os borrifos que salpicaram a sanita de merda, estava eu bem.

Não tenho paciência agora, depois falarei disso. De qualquer forma deixo o seguinte conselho: quando tiveres *mesmo mesmo muita* vontade de fazer cócó, não leves 2 jornais para a sanita, não vale a pena, vais desfazer-te em merda sem sequer ler um artigo que seja... nho.

Tuesday, February 07, 2006

Nº 14.

... e de todas as pessoas naquela festa, escolhi a que tinha mamas maiores.

Friday, January 20, 2006

Redacção para cadeira de Gramática Portuguesa premiada

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, ilábica, um pouco à tona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder aoportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo. Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história.
Os dois olharam-se e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício. Que loucura, meu Deus. Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos.
Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas. Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história.
Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Saturday, January 07, 2006

Garganta e tomates

Sim, é fácil falar, garganta todos temos. É verdade que também temos tomates, mas às vezes falham-nos. Quando chega a hora de segurar neles como força e dizer: "sim, siga!", escapa-nos o esquerdo entre os dedos, o direito mingua qual ameixa seca, a garganta seca-nos e sai assim um chio quente entre o sorriso amarelo: "ehrmmeh..."

Por muito que uma cambalhota com duas representantes do sexo oposto seja o sonho de qualquer homem, quando realmente chega a hora da verdade não é assim tão fácil prosseguir. O cérebro começa a trabalhar de forma absurda e obscura, tentando processar tudo o que acha necessário, conseguindo complicar o que parece tão fácil. E pronto, quando deverias dizer sim, sai-te um não; quando deverias embalar qual carrinho de rolamentos numa descida da aldeia, salta-te uma roda e guinas para a esquerda indo contra um fardo de palha.

O pior de tudo, é que um minuto depois estás às cabeçadas a ti mesmo (nem sequer sei como tal é possível, mas é) porque percebes o que acabaste de fazer.

O que me consola são os ditados... não há duas sem três... à terceira é de vez. A ver vamos!